NEM MELHOR, NEM PIOR, APENAS DIFERENTE.

sábado, 22 de setembro de 2012

O Efeito Bola de Praia


Cada aspecto de nós mesmos que negamos, cada sentimento e pensamento que julgamos como inaceitável ou errado, eventualmente irá surgir de maneira inesperada na nossa vida. Quando estamos ocupados construindo um negócio, criando uma família, ou cuidando daqueles que amamos, quando estamos muito ocupados para nos preocupar com nossas emoções, temos que esconder nossos impulsos sombrios e qualidades vergonhosas, o que nos põe em risco de uma explosão externa. Em uma questão de minutos, quando menos esperamos, um aspecto rejeitado ou não aceito de nós mesmos pode “saltar” e destruir nossas vidas, reputações e todo o nosso trabalho árduo. Isto é o que chamo de “Efeito Bola de Praia“.
Pense na quantidade de energia que você precisa para manter uma bola de praia inflada dentro da água por um determinado período de tempo. No momento em que você relaxa ou se distrai da tarefa de mantê-la submersa, a bola irá pular e respingar água no seu rosto. O Efeito Bola de Praia está em funcionamento quando você suprimiu alguma coisa de maneira profunda na sua psique, e a armazenou nos recônditos de seu subconsciente, e então, quando você achava que tudo estava do seu jeito, algo acontece: você manda um email difamador para o colega errado. Você é seduzido a trair alguém que você ama por uma noite de paixão insignificante. Você bate atrás de um carro depois de ter bebido e é preso por isso. É pego surrupiando dinheiro da poupança familiar. Tem uma irrupção de raiva na frente do seu novo amor. Faz um comentário inapropriado que o faz perder o emprego. Perde o prazo para entregar um importante trabalho/relatório. Perde o controle e bate no seu filho num momento de frustração. Em outras palavras, oEfeito Bola de Praia de seus impulsos reprimidos e sofrimento não processado pula de volta e o atinge no rosto, sabotando seus sonhos, roubando a sua dignidade e deixando-o ensopado de vergonha.
Quantos atos espalhafatosos de auto-sabotagem teremos ainda que testemunhar para entender os efeitos devastadores da negação e supressão do nosso lixo emocional não processado?
Existem inúmeras maneiras de a bola de praia voltar para nós e nos acordar para a realidade. Pode ser algo pequeno como iniciar uma briga com o seu marido um pouco antes de saírem para um programa romântico, ou criticar a sua filha em frente as amigas depois de ter passado meses conquistando a sua confiança. Pode ser adiar a atualização do seu currículo e perder uma grande oportunidade, ou passar a noite na frente da geladeira depois de ter feito uma dieta durante três meses. Pode ser que se manifeste com você perder os preparativos de casamento da sua amiga porque dormiu demais ou você chamar seu namorado por outro nome. Talvez você faça um comentário sarcástico para si mesmo em voz alta achando que a pessoa do outro lado da linha já tinha desligado o telefone… Enquanto permanecermos não querendo ver as bolas de praia que se encontram por baixo da superfície da nossa consciência, teremos que permanecer vivendo com o medo de que a qualquer momento elas irão saltar e dos efeitos que terão na nossa e na vida das pessoas que nos cercam. E acredite, são raros os casos em que somente nós nos machucamos, muito mais freqüente é que o nosso sofrimento não processado atinja os outros. Muitas vidas serão atrapalhadas, muitos corações partidos e alguns espectadores inocentes que estavam por perto vão receber respingos.
Vamos pensar nas nossas emoções suprimidas e qualidades rejeitadas como “lava humana”. A lava existe abaixo da superfície da terra. Se não existe nenhum oríficio para escape da pressão desta poderosa força que se encontra enterrada, a única forma de ela se libertar é com uma erupção. Da mesma maneira, dentro de nossas psiques se encontram armazenados desejos e impulsos obscuros, e a menos que encontremos maneiras seguras e saudáveis de os libertar, eles irão se expressar de modo inapropriado e potencialmente perigoso. Quando tomamos conhecimento dessas sombras, as aceitamos e compreendemos, criamos orifícios de escape naturais em nós mesmos. Proporcionando uma abertura, eliminamos a preocupação com uma explosão porque permitimos que a pressão seja liberada de um modo seguro e apropriado. Porém quando está escondida na escuridão, reprimida pela culpa ou vergonha, negada pelo medo, a sombra não tem outra opção senão entrar em erupção. A expansão mental e emocional que a segue tem menos a ver com as nossas circunstâncias e com aqueles que nos rodeiam do que a nossa necessidade de liberar a pressão.
Debbie Ford
Recebido por e-mail

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