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sexta-feira, 30 de abril de 2010

OS 7 PECADOS CAPITAIS

Quem nunca pecou que atire a primeira pedra, Parábolas de Jesus.É assim que começo este post.
O tema os sete Pecados Capitais é muito vasto então vou enxugá-lo ao máximo ok??
Começaremos pelo significado da palavra pecar.
Pecar vem de "pecare" que significa "errar de alvo ". Sempre que "pecamos", erramos de alvo.
'Os Sete Pecados Capitais' foram baseados na lista de São Tomás de Aquino que explica o quanto é importante conhecer nossos instintos mais primitivos, nossa sombra como diz Jung, o lado escuro que todos nós temos, mas que é possível através da conscientização e do autoconhecimento, colocar luz onde só era escuridão. Os "pecados" contêm a possibilidade de se desencadear em outros tantos pecados, daí serem chamados capitais e se fundamentam em algum desejo natural e instintivo. Podemos encontrar cada um dos pecados em nossas relações diárias e em nós mesmos. É preciso conhecer cada pecado e não reprimi-los, pois só assim conseguiremos compreender e transformá-los. Vamos a um breve resumo de cada um deles:

A Inveja    

Produz ódio e destruição, onde a pessoa nega o valor do outro e em conseqüência o próprio valor, mas pode ser transformada em impulso para a busca de querer não o que o outro tem, mas acreditar ser capaz de buscar o que quer para si e valorizar tudo o que tem.


A Ira

É a raiva ou o ódio, com perda do controle. É uma emoção totalmente destrutiva tanto para quem a sente como para quem se torna objeto dela, fazendo a pessoa agredir a todos, quando na verdade está agredindo a si própria. É preciso identificar a emoção que foi mobilizada e controlar a agressividade através da razão.



A Gula

É o excesso no comer e beber, mas também pode ser entendida como gula intelectual. Na sua simbologia maior significa voracidade. Pode ser entendida como uma forma de fuga de muitas outras dificuldades ou ainda, dos próprios sentimentos. Para ser transformada, é preciso desenvolver a busca pelo equilíbrio não só através da comida, mas também do conhecimento.


A Avareza

Significa excessivo e sórdido apego ao dinheiro, com grande medo de faltar, uma percepção de escassez. É uma falta de contato com o mundo interno, gerando uma busca incessante por tudo que é externo. Também é citado por alguns autores o termo vaidade.


A Soberba

Leva o homem a desprezar os superiores e desobedecer as leis. É o desejo distorcido de grandeza. A pessoa que manifesta a soberba atribui apenas a si próprio os bens que possui. Esse pecado tem relação direta com a ambição desmedida pelo poder e o orgulho exagerado. É preciso desenvolver a humildade e principalmente a consciência do próprio valor enquanto pessoa, independe de posição ou aquisição. Alguns autores usam o termo orgulho; outros, cobiça.


A Luxúria

É o apetite sexual insaciável, com exclusiva satisfação física. Pode representar uma fuga do amor, da intimidade e do compromisso e ser transformada se houver a possibilidade de troca, valorizando o sentimento, a intimidade, cumplicidade, que não podem ser desenvolvidos em relações rápidas e superficiais.


A Preguiça

É entendida como lentidão ou falta de vontade em fazer algo; pode também demonstrar uma falta de confiança em si mesmo.

Relato de Jung


"Vi muitas vezes que os homens ficam neuróticos quando se contentam com respostas insuficientes ou falsas às questões da vida. Procuram situação, casamento, reputação, sucesso exterior e dinheiro; mas permanecem neuróticos e infelizes, mesmo quando atingem o que buscavam. Essas pessoas sofrem, freqüentemente, de uma grande limitação do espírito. Sua vida não tem conteúdo suficiente, não tem sentido. Por esse motivo a idéia de desenvolvimento, de evolução tem desde o início, segundo me parece, a maior importância".

Jung nos mostra nesse relato, a importância em se buscar o sentido da vida, que com certeza não é adquirido através da aquisição de bens. Somente quando o homem tomar consciência do seu próprio mundo interior, poderá deixar a doentia preocupação com as aparências e com a conseqüente frustração gerada pelo vazio causado na busca desenfreada pelo mundo externo e, nesse momento, poderá encontrar o sentido da sua própria vida.

Todos os pecados têm em comum a busca da satisfação no mundo externo, onde se procura compensar a falta de amor-próprio e a necessidade profunda e inconsciente de fugir dos próprios sentimentos. A percepção de cada um dos pecados em nossos comportamentos e dos conseqüentes conflitos gerados por eles nos relacionamentos pode sinalizar a necessidade de um esforço consciente e racional de mudança.'Os Sete Pecados' nos faz refletir ainda sobre o quão antigo e histórico é a busca pelo externo. Na verdade, as pessoas materialistas precisam crer que são superiores, seja através do poder, da aquisição de bens, do sexo, para quem sabe compensar a crença na insignificância da existência ou na falta de um sentido em que vivem. Demonstram uma ausência ou restrita visão de seus valores internos, não valorizando seu mundo íntimo como intuição, inspiração, percepção, mas supervalorizando os bens materiais, o poder e tudo mais que o dinheiro pode comprar; como se isso fosse a maior riqueza do homem. Será esse o objetivo de nossa vida? O objetivo maior do ser humano não seria a evolução; sair da inconsciência para a consciência, da razão para a intuição, do ter para o ser? Será possível tornar nosso mundo melhor ou tornarmo-nos pessoas melhores buscando a solução no externo, apegando-se apenas aos prazeres deste mundo e ignorando a riqueza maior que existe dentro de cada um de nós? À medida que os homens tomarem consciência do valor do seu próprio mundo interno, poderão deixar a doentia preocupação com as aparências, a frustração crônica causada pela busca incessante da fama, do poder e da riqueza, ou seja, das promessas do mundo externo e superficial e perceberem o quanto se torna importante aproximarem-se de sua essência. Acredito que podemos transformar 'Os Sete Pecados Capitais' em aprendizagem ao percebermos que o maior sentido da vida é a conscientização da riqueza do nosso mundo interior, entre eles os sentimentos, a emoção, a sensibilidade, a naturalidade, tão freqüentes nas crianças, mas que infelizmente os adultos vão perdendo ao criar tantas defesas e máscaras e assim se distanciam do que é verdadeiramente valioso e que dinheiro algum pode comprar, mas somente pode ser conquistado: o amor em sua essência mais pura.


Créditos para Rosemeire Zago, é psicóloga clínica com abordagem junguiana.
Informações retiradas do site http://www2.uol.com.br/vyaestelar/index.htm



Um comentário:

  1. Muito bom esse post Ma! É bom lembrar desses pecados e ficar bem longe deles pq só trazem destruição no final das contas. Um ótimo final de semana pra vc! Bjs

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